Comércio Indústria - 3 / FC Barreirense - 0
Na 11ª jornada do campeonato de Benjamins 2003, deslocámo-nos a Setúbal para defrontar a equipa do Comércio e Indústria.
Jogadores: Pacheco, Diogo, Alícia, Sandro, Martim, Rebotim, Pascoal, Afonso e Guilherme.
Ambas as equipas, na tabela classificativa, tinham os mesmos pontos. Estávamos conscientes das dificuldades que o adversário nos podia criar, tendo em conta o facto de estar bem classificado; pelo que para obter um resultado positivo tínhamos que trabalhar muito e ter um grande espirito de sacrifício e de entreajuda.
Na chegada ao recinto, deparámo-nos com o mau estado do relvado, não só por se encontrar cheio de buracos, como também por não ter as dimensões apropriadas. As linhas de marcação eram inexistentes, mais uma vez eram buracos. Estamos certos, que em recintos com estas condições, não devia ser permitida a prática desportiva, pois para além de dificultar a aprendizagem ou aperfeiçoamento dos nossos jogadores, pode contribuir para lesões com alguma gravidade. Os balneários não tinham condições, para receber os atletas, pois não estavam limpos e o mau cheiro era intenso. Alertámos quem de direito, que perante tais fatores, decidiu mesmo assim que havia condições para a realização do jogo.
Cedo percebemos que este seria um jogo difícil, por todos os motivos já expostos. Tivemos muita dificuldade em conduzir a bola. Tentámos adotar uma dinâmica de futebol mais direto, mas a bola não chegava onde queríamos, devido ao tamanho da relva, pois ao colocarmos o pé, esta não levantava.
O jogo não estava a seguir o rumo que pretendíamos; para piorar foi o golo que acabámos por sofrer, que surgiu devido à bola não rolar com a intensidade que costuma-mos jogar, mas não baixámos os braços e fizemos tudo para chegar à baliza adversária, ao que o adversário foi anulando todas as nossas iniciativas ofensivas. O adversário com facilidade conseguiu tirar-nos a bola de perto da área e com frequência surgiam em velocidade com os seus dois melhores jogadores. Pouco fizemos até ao intervalo. Resultado da 1ª parte de 2 a 0, a favor do adversário. De certo modo a nossa confiança foi abalada. A nossa equipa não teve argumentar, nem tão pouco se adaptou às circunstâncias do campo.
Na 2ª parte tínhamos de lutar ainda mais e apesar do resultado nada estava perdido. Era nosso objetivo alterar o resultado e por isso entrámos com uma dinâmica mais ofensiva e conseguimos criar grandes apertos ao adversário que não conseguia sair do seu meio campo. Tivemos algumas oportunidades mas infelizmente, não as conseguimos concretizar, e dessa forma ao não marcarmos acabámos por sofrer mais um golo. O Comércio tentou sempre procurar a dinâmica dos seus dois jogadores mais velozes, tentando-nos surpreender, mas a nossa equipa fez uma 2ª parte com grande personalidade, apareceu no jogo com mais frescura, soltaram-se os nervos que nos estavam a afetar nos movimentos, mas mesmo assim não foi suficiente para darmos a volta ao resultado.
Deixámos uma imagem muito positiva, com a evidência de que tentamos colocar em prática as nossas aprendizagens. Saímos de cabeça erguida, mas com a sensação que o resultado é exagerado perante o valor das duas equipas, certo que o comércio beneficiou do conhecimento e hábito dos treinos e jogos num campo que para nós foi extremamente difícil. Este foi mais um dos muitos obstáculos difíceis que vamos enfrentar no nosso campeonato. Saímos com mais experiencia e mais maturidade, mas tecnicamente não nos foi útil.
Parabéns por todo o esforço e empenho.
Obrigado pelo apoio dos pais e familiares. Apesar de todas as dificuldades, uma boa dose de calma ajudar-nos-á a fazer mais e melhor.
O Treinador
Nélio Lopes
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