Fala-nos um pouco sobre ti. Como entraste para o mundo do futebol? E por onde passaste?
O meu primeiro contacto com o Futebol foi aos 5 anos de idade, pelo Futebol Clube Beira Mar (Lavradio) e aos 8 anos fui jogar para o Sporting Banheirense, onde estive até aos 9 anos. Daí saí para o Futebol Clube Barreirense, onde cumpri 2 épocas nos infantis, 2 épocas nos Iniciados, 2 épocas nos Juvenis e mais 2 épocas nos Juniores, onde inclusive cheguei a ser chamado ao plantel Sénior pelo técnico Rui Gorriz. Pelo meio ficam passagens pelo Santoantoniense Futebol Clube (Juvenis) e Grupo Desportivo Fabril (Juniores e Seniores).
Posso dizer que enquanto jogador e pelas equipas onde passei, lutei sempre pelos lugares cimeiros da classificação.
O título mais saboroso de todos os que conquistei, foi de Juniores ao serviço do Futebol Clube Barreirense, tínhamos um excelente grupo de trabalho.
Por todos os grupos que passei, tive sempre a honra de ser o capitão de equipa. Era um jogador de equipa, nunca terei sido um brilhante jogador, mas ninguém questionava porque eu jogava. Dava tudo no campo, para vencer cada jogo, foi esta a mentalidade que conheci no Futebol desde sempre, e que devo em muito ao Futebol Clube Barreirense.
No Barreirense conheci muitos treinadores com quem aprendi e tenho um pouco de todos eles, desde José Augusto, a Hilário, a Lima, a Vasques, ao Professor Toureiro e ao Rui Fonseca. Todos eles me ensinaram muito enquanto praticante. Mais tarde, curiosamente, encontrei o Mister Bandeira no Fabril. Era lindo ir jogar pelo Fabril (fora) e, eu e ele, a caminho do Barreiro na camioneta do Fabril a ouvir os relatos do Barreirense. Nunca escondemos que éramos Barreirenses, mas sempre defendemos as equipas onde estivemos, e ali também não foi excepção.
No Santoantoniense encontrei um treinador e amigo, Álvaro Albino. Foi onde tive o meu melhor ano como jogador, ele sabia tirar rendimento de mim como nenhum. Com ele aprendi mesmo muito e presto-lhe aqui a minha homenagem, como a todas as pessoas que ali encontrei e aos meus colegas, foi uma grande família. Mas sem dúvida que a minha casa era o Barreirense, e sempre que tive oportunidade de voltar a entrar nesta instituição, sempre o fiz com a maior das vontades, também por o meu pai desde pequenino me levar a ver os Seniores do Barreirense, e porque realmente é o maior clube da terra onde nasci. Tenho orgulho de mais de metade dos meus 26 anos terem sido dentro desta instituição.
Como treinador, comecei no F.C.Beira Mar, a treinar um grupo de miúdos de rua. Criei este projecto com o meu pai, quando reparei que os miúdos mais jovens andavam a fugir para outros caminhos, e era a minha rua, local onde fui criado no Lavradio. Nesse primeiro ano tinha os meus 18 anos, fui tirar o 1º nível de treinador, e fui convidado para treinar os Infantis do Grupo Desportivo Fabril. Na temporada seguinte fui convidado para o Futebol Clube Barreirense, para os Iniciados B. Aí treinei a categoria durante 3 anos e subi para os Iniciados A, onde estive época e meia. Saí em acordo com esta direcção e voltei novamente esta temporada a convite do coordenador Bruno Correia, para voltar a treinar Fut.7, na equipa de Benjamins A. Algo que não fazia desde o Fabril, mas a esta casa é difícil dizer não, e mais uma vez cá estou para ajudar a elevar o Futebol Clube Barreirense. Pelo meio tirei também o 1º nível de Futsal e devo dizer que sempre me permitiram ficar com o meu projecto no Lavradio, onde inclusive, temos descoberto vários praticantes para o Barreirense, e outros, até como campeões nacionais para outras modalidades. Como jogador e como treinador, luto sempre para ganhar tudo onde entro, sou bastante competitivo, e este clube habitou-me a isso, mas nas camadas jovens a maior vitória está na formação de Homens para o Futuro.
Que balanço fazes destes anos todos que tens passado aqui?
Ao longo destas épocas todas continuo a dizer que tenho orgulho em representar o clube e que, embora tenhamos passado por algumas dificuldades, nota-se que directores, funcionários, praticantes, simpatizantes e associados do clube, fazem tudo para voltar a elevar o nome do clube, e eu estou cá para ajudar também.
Este ano aceitaste o desafio de ser Treinador dos Benjamins A? Porque aceitaste este desafio e como tem decorrido a experiência?
Aceitei este desafio porque sou Barreirense e porque tenho orgulho em representar este clube. Depois, porque no início, este meu grupo ficou sem treinador e eu quis logo agarrar o projecto a pedido do Coordenador Bruno, que me convidou a regressar e a voltar a mostrar as minhas capacidades. Lembro que ao longo de 5 temporadas como técnico, ninguém colocou mais atletas no clube, e é bonito, desde os Seniores aos Escolas, ver o meu trabalho a ser reconhecido. Por isso voltei, por me achar útil nesta casa. Não é a minha 1 experiencia no Fut.7, mas estive 5 anos no Fut.11, e houve situações que alteraram. Também vejo que o Fut.7 evoluiu bastante neste período, mas até agora tem sido excelente o regresso, também porque encontrei um grupo de pessoas fantástico e um grupo de jogadores fantástico, com bastantes condições para fazer um excelente trabalho.
Que balanço fazes da pré-época?
A Pré-época correu dentro do previsto. Continuámos com o plantel de Escolas B do ano anterior e as entradas de alguns atletas, vieram reforçar o grupo. Também consegui juntar a mim o Carlos Jesus, que é o meu braço direito e que é muito importante no recrutamento e análise individual de atletas. Tem também o 1º nível e juntos vamos tentar dar alegrias ao clube. Como directores, temos o Teixeira e o Quim João, provavelmente uma das duplas mais experientes de directores e pessoas com quem sempre quis trabalhar, e duas agradáveis surpresas que têm sido incansáveis no grupo, o Palaio e o Vilela. Por eles também digo que está tudo a correr como planeado. Posso dizer que sabemos que vamos dar muitas alegrias ao clube. Na pré-época ficámos a saber o que nos espera no campeonato e não deixámos assim tanta informação sobre o que podem esperar de nós. Estou de facto muito contente com o grupo e penso que apesar de estarmos bem, temos ainda de evoluir em alguns aspectos, perfeitamente normais nesta fase da época. Mas os meus jogadores têm sido incansáveis e melhoram de treino para treino, o que me deixa muito motivado.
A Pré-época correu dentro do previsto. Continuámos com o plantel de Escolas B do ano anterior e as entradas de alguns atletas, vieram reforçar o grupo. Também consegui juntar a mim o Carlos Jesus, que é o meu braço direito e que é muito importante no recrutamento e análise individual de atletas. Tem também o 1º nível e juntos vamos tentar dar alegrias ao clube. Como directores, temos o Teixeira e o Quim João, provavelmente uma das duplas mais experientes de directores e pessoas com quem sempre quis trabalhar, e duas agradáveis surpresas que têm sido incansáveis no grupo, o Palaio e o Vilela. Por eles também digo que está tudo a correr como planeado. Posso dizer que sabemos que vamos dar muitas alegrias ao clube. Na pré-época ficámos a saber o que nos espera no campeonato e não deixámos assim tanta informação sobre o que podem esperar de nós. Estou de facto muito contente com o grupo e penso que apesar de estarmos bem, temos ainda de evoluir em alguns aspectos, perfeitamente normais nesta fase da época. Mas os meus jogadores têm sido incansáveis e melhoram de treino para treino, o que me deixa muito motivado.
Quais são os objectivos que definiste para a época?
Os objectivos são ganhar jogo a jogo. Temos equipa para jogar de frente com todas as outras e no final faremos as contas. De resto apenas peço que sejam crianças humildes, educadas e que tenham gosto em representar o nosso grande clube. Penso que exigir títulos nesta idade é impensável. Se acontecer é bom, se não acontecer, culpem-me a mim, deixem os miúdos crescer. Da equipa em que fui campeão de Infantis, nenhum pratica Futebol Profissional. Da equipa que foi campeã de Juniores, só temos o Cláudio, que ainda joga nos Seniores, mas desses 40 atletas, posso dizer que nenhum se perdeu na vida e que todos amamos o Barreirense. Esse é o meu objectivo no fim do meu trabalho. É por isso que cá estou.
Os objectivos são ganhar jogo a jogo. Temos equipa para jogar de frente com todas as outras e no final faremos as contas. De resto apenas peço que sejam crianças humildes, educadas e que tenham gosto em representar o nosso grande clube. Penso que exigir títulos nesta idade é impensável. Se acontecer é bom, se não acontecer, culpem-me a mim, deixem os miúdos crescer. Da equipa em que fui campeão de Infantis, nenhum pratica Futebol Profissional. Da equipa que foi campeã de Juniores, só temos o Cláudio, que ainda joga nos Seniores, mas desses 40 atletas, posso dizer que nenhum se perdeu na vida e que todos amamos o Barreirense. Esse é o meu objectivo no fim do meu trabalho. É por isso que cá estou.
Que mensagem gostarias de deixar ao teu grupo de trabalho?
Espero que gostem de trabalhar comigo e no Barreirense. Estou aqui para vocês sempre, quero crescer com vocês e quero ajudá-los com a minha experiência e conhecimento. Mas não quero que deixem de ser crianças, apenas que tenham sempre gosto em aprender, e que sejam dedicados. Este grupo chama-se… Baião, Palaio, Vilela, Calebe, Diogo, Ivan, Riki, Daniel, Semedo, Roda, Lucas, Silvestre, Ricardo, Rafael, Gonçalo, Ruben, Lampreia, Braúlio, Roger, Léo e Barros. Estes são os verdadeiros artistas, eles é que lutam e orgulham o nosso clube e são eles que me dão força para continuar a lutar diariamente pelo que gosto de fazer. A todos vocês digo para se divertirem muito e que se lembrem sempre destes anos como jogadores do Barreirense.
E aos sócios do FCB?
Venham ver os jogos do nosso clube. Sei que passamos por tempos difíceis, mas virar as costas e ficar a viver de recordações não é o espírito deste clube. Temos de lutar e de tentar colocar o Barreirense no lugar onde merece estar, temos de nos erguer, de nos juntar. Penso que apesar de todo o mal que possa ter sido feito por alguém anteriormente, o clube é o que mais nos interessa, vamos esquecer as individualidades e vamos ser um todo. UM SÓ NOME BARREIRENSE.
Venham ver os jogos do nosso clube. Sei que passamos por tempos difíceis, mas virar as costas e ficar a viver de recordações não é o espírito deste clube. Temos de lutar e de tentar colocar o Barreirense no lugar onde merece estar, temos de nos erguer, de nos juntar. Penso que apesar de todo o mal que possa ter sido feito por alguém anteriormente, o clube é o que mais nos interessa, vamos esquecer as individualidades e vamos ser um todo. UM SÓ NOME BARREIRENSE.
A vocês criadores deste espaço, que continuem o bom trabalho e a apoiar o clube. Também devo destacar que ao fim de 6 anos como treinador, finalmente fui entrevistado por alguém do clube, por essa consideração o meu obrigado. Falei por este meu grupo e dedico a entrevista a todos os meus grupos anteriores.
Boa sorte para todas as actividades do Futebol Clube Barreirense
Amigo J.M. a ti e a toda a tua equipa os desejos de um excelente campeonato.
ResponderEliminar